Régua - onde pára o Coreto
Arquivo: Edição de 27-06-2008
SECÇÃO: Região
Régua - onde pára o Coreto
Por algumas vezes, neste Semanário foi chamada a atenção que era conveniente saber-se das razões porque não se esclarece onde pára o Coreto que durante muitos anos existiu no então apreciado Jardim Alexandre Herculano (frente à Câmara Municipal) e que, perante a indiferença dos reguenses e a estupefacção das populações das freguesias vizinhas foi eclipsado o mesmo acontecendo ao Coreto desconhecendo-se o seu paradeiro.
Diga-se, que durante as festas do Socorro os forasteiros apinhavam-se naquele Jardim para ouvirem bandas musicais, muitas de renome, exibindo-se no famigerado Coreto.
Será por não haver local para o colocar?
Acrescento, ainda, que o Coreto na opinião geral, ainda será útil, apenas necessitando de ser convenientemente reparado, pois devem ser poucos, no País os que apresentam arquitectura semelhante.
Pergunta-se: porque esperam os maiorais, neste caso a Câmara Municipal para resolverem um caso de fácil resolução?
Esperamos que depois de, tanto tempo decorrido o Coreto ressurja para gáudio de todos.
Por F.G.
in http://www.dodouro.com/noticia.asp?idEdicao=223&id=12467&idSeccao=2443&Action=noticia
Arquivo: Edição de 18-07-2008
SECÇÃO: Opinião
De onde Viemos, Quem Somos e Para Onde Vamos
Era uma vez um coreto
Na edição do Notícias do Douro de 27 de Junho p.p., li um artigo da autoria do senhor Fernando Guedes, no qual o seu autor insinua que era conveniente saber-se onde para o velho coreto do Jardim Alexandre Herculano, que existiu em frente ao edifício da Câmara Municipal do Peso da Régua.
Admitindo por hipótese remota que o senhor Fernando Guedes não saiba onde pára o saudoso coreto, (brincadeira sua amigo Fernando), junto para reedição, a cópia do artigo que escrevi e o Arrais publicou em 02 -8 2007.
O Coreto
Por incúria destronado,
E em maré de pouca sorte
No matadouro foi lançado,
Onde vive envergonhado
Esperando pela morte
Aqui jazo triste, qual judeu
Sem destino e sem norte
Mas, condenado à morte?
Que crime cometi eu,
Para merecer tal sorte?
Resquiescat in pacce
Mais uma vez os jornais cá da terra, Notícias do Douro e Arrais, trouxeram à ribalta a recordação do velho coreto do jardim Alexandre Herculano, destronado aquando da destruição daquele aprazível espaço verde.
Não sei há quantos anos foi construído aquele que poderíamos considerar uma das relíquias desta cidade. Uma relíquia que certamente tem uma história, que eu não conheço nem muitas outras pessoas a conhecerão. Sabemos que se trata de uma bela obra de arte, feita por quem muito de arte, sabia certamente; já com direito a bodas de platina, não tendo eu sido ouvido, em tempo devido, nem nada podendo fazer por ele agora, rendo aqui o meu preito, àqueles a quem se deveu tal feito.
A sua destruição constituiu um crime de lesa-património, que a impunidade legalizada pela lei da insensibilidade permitiu, da mesma forma que permitiu que o jardim onde se encontrava, fosse destruído por predadores inconsequentes e transformado num museu da pedra e parque de estacionamento automóvel!
Quantas bandas musicais sobre ele desfiaram as suas melodias e prenderam junto de si os forasteiros que acorriam à régua durante as festas de N. S. do Socorro; quantas vezes, atraídos pelos tradicionais despiques entre as bandas de Poiares e Nogueira, o jardim foi pequenos para tantos! Recordam-se?
Quem quiser despedir-se do coreto, enquanto conserva ainda uma réstia de vida, poderá fazê-lo, indo ao matadouro onde, irmanados pelo mesmo destino, aguardam o último golpe do cutelo!
Pelo que se nos afigura, o velho coreto, que dantes resguardava os músicos da chuva ou do sol, passou a resguardar estacaria para segurar árvores, ou embardar de latadas de videiras.
Quem e o que nos vão levar a seguir? Quem sabe, se não vão levar-nos o rio!
José de Oliveira Guerra 13-7-08
in http://www.dodouro.com/noticia.asp?idEdicao=226&id=12733&idSeccao=2480&Action=noticia
1 comentários:
Amigos está a chegar as eleições e denunciar a situação publicamente
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